BRASILIANA
Nesta edição do boletim, a Biblioteca do CFCH/col. INEP abre espaço para expor uma das coleções mais emblemáticas do acervo - a“Brasiliana”, uma iniciativa de educadores e pensadores que nos anos 30 coordenaram e sistematizaram “estudos e pesquisas sobre assuntos e problemas nacionais encarados sob todos os aspectos”. (PONTES apud MICELI, p. 455)
- DEPOIMENTOS*
O Brasil vai atingindo a sua maioridade mental. A consciência nacional, dia a dia, se afirma, se consolida, se define. A fase de profunda introspeção social em que vivemos é uma das demostrações dêsse novo estado de coisas. E dessa fase, não sei de revelação maior que a coleção "Brasiliana" da Biblioteca Pedagógica Brasileira, dirigida pelo professor Fernando Azevedo e editada pela "Companhia Editora Nacional". Todos os que sentiamos a necessidade dessa coleção para que o Brasil tomasse consciência de si mesmo, estávamos longe de imaginar a extensão a riqueza e a profundidade a que viria atingir. A "Brasiliana vem descobrindo o Brasil àqueles próprios que mais o julgamos. É o Brasil a se mostrar, a dizer o que foi e o que é, o Brasil a se formular, a se tornar consciente, a ter, por conseguinte, verdadeira existência. Fala-se numa Enciclopédia Brasileira possível, é a coleção“Brasiliana”. O seu centésimo volume saído devia ser comemorado em todo o país. De todos os sinais do crescimento brasileiro, é um dos mais significativos e dos mais importantes.
Se alguém desejar conhecer o Brasil sob todos os seus aspectos, históricos, físicos, mentais, políticos, artísticos e folclóricos, só tem um recurso: recorrer à “Brasiliana”.
Poderemos, pois, definir essa coleção como retrato poliédrico do Brasil.O que nos diz Roquette Pinto sobre a "Brasiliana"
Para Carlyie uma biblioteca vale uma universidade.
Penso que a“Brasiliana” é boa prova daquele conceito.
O sr. Ministro da Educação, dr. Gustavo Capanema, e a “Brasiliana”
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| CASCUDO, 1933 |
Uma viva e palpitante imagem do Brasil ressalta dêsses cento e tantos livros, de orientação diversa, mas caracterizados igualmente pela preocupação de estudar a formação nacional em todos os seus aspectos. Obra de cultura e de civismo, a "Brasiliana" da "Companhia Editora NAcional" mostrará, a todo tempo, que os dias de hoje transcorreram fecundos para a inteligência do Brasil.
A “Brasiliana” vista pelo sr. Afranio Peixoto
A “Brasiliana” vista pelo sr. Afranio Peixoto
A coleção que êste nome feliz recebeu, de "Brasiliana", empreendimento da grande "Companhia Editora Nacional", de São Paulo, é uma obra cultural sem precedente no país. Pela primeira vez se imprimi aquí, em poucos anos, uma coleção que já vai por mais de cem volumes... Precisamente o centésimo, o centenário, cabe a um livro original, a "História Econômica do Brasil", do sr. Roberto Simonsen, que irá revolucionar, e depois arrumar, devidamente, a História do Brasil, até agora sem nexo, por lhe faltar êsse elemento estrutural da economia. Até lá, a coleção teve os maiores nomes do Brasil, como autores, e, como assunto, os temas mais interessantes de nossa história e nossa geografia. [...]
Como o dr. Affonso d'E. Taunay julga a “Brasiliana”
Como o dr. Affonso d'E. Taunay julga a “Brasiliana”
Com o maior prazer venho exprimir-lhe o que penso da iniciativa da “Companhia Editora Nacional” e dos resultados até agora colhidos em sua excelente atuação em pról da nossa cultura. Presta a “Brasiliana”assinalados serviços, por vezes até relevantíssimos, pondo à disposição dos que querem conhecer o nosso passado, ótimas edições de livros o nosso país e o nosso passado, ótimas edições de livros outróra de difícil senão muitas vezes dificílima obtenção. Paralelamente vem oferecendo ao nosso público contribuições originais de alta valia, ventiladores de muitas questões brasileiras, num país como o nosso em que são ainda raras e as monografias especializadas.
Assim venho felicitá-lo calorosamente e à "Companhia Editora Nacional" pelo lançamento do 100.° volume dessa coleção excelente, fazendo votos para que com redobrado ardor sirva com a eficiência e elevação de sempre à causa do desvendamento e da elucidação dos nossos problemas nacionais e da transladação ao português dêsse riquíssimo manancial de bibliografia xeno-brasileira até hoje quasi sempre inacessível de nossas causas.
A "Brasiliana" segundo a opinião de Gilberto Freyre
A "Brasiliana" segundo a opinião de Gilberto Freyre
O êxito de uma coleção como a "Brasiliana" da Editora Nacional de São Paulo, dirigida por um educador e sociólogo a quem o Brasil já tanto deve - Fernando de Azevedo - é bem expressivo: deixa de ser o simples sucesso de uma emprêsa particular para constituir uma vitória para a cultura brasileira.
A opinião de Primitivo Moacyr
A opinião de Primitivo Moacyr
Em setembro de 1935 escreví ao Dr. Fernando de Azevedo, diretor da "Brasiliana", da Companhia Editora Nacional : Em comprimento da promessa feita, em palestra, aí, em S. Paulo, no mês passado, remeto em suma, a plano do meu trabalho "A Instrução e o Império" em 4 ou 5 vols. Por ela verá se, de fato, valerá a pena uma impressão. É um trabalho todo objetivo, sem comentários, nem conclusões. É um honesto esforço, ainda não feito, para a futura história da educação brasileira...
De agora em diante os futuros historiadores de nossos fastos têm elementos para o capítulo ausente de nossos livros de história, o da cultura do Brasil.
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| COSTA, 1959 |
Este depoimento em sua gentileza, cremos vale bem por um conceito em pról da benemérita "Companhia Editora Nacional".
- GALERIA BRASILIANA*
"Café" de Candido Portinari
(Pequena história das artes plásticas no Brasil, pág. 31, vol. 198)
Um comprador de gado gaúcho tomando chimarão,
e um sertanejo do nordeste vestido de couro da cabeça aos pés.
(A conquista do Brasil, pág. 337, vol. 150)
Fig.: Ornamentos e armas dos indios chavantes.
(Reservas de Brasilidade, pág, 193. vol. 161)
Fig.: Rio Jequitinhonha posto a seco para a lavra dos diamantes
(História Economica do Brasil, pág 85, vol 100-A)
Fig.: Cabo da Boa Esperança
(Os primeiros povoadores do Brasil págs. 12-13, vol. 37)
"Sapucareiras engalanadas" de J. Baptista da Costa
(Artes Plásticas no Brasil, pág. 59, vol. 198)
Fig.: Indios Pianacotôs
(Amazônia que eu vi, pág. 108, vol. 113)
Fig.: Mulher camacã, ocupada em pintar urucú o chefe da tribú.
(Os indígenas do Nordeste, pág. 108, vol. 112)
Fig.: Família de Botocudos em marcha.
(Os Indígenas do Nordeste, pág. 36, vol. 112)
Fig. Engenho
(História Economica do Brasil, pág. 169, vol. 100)
Fig.: Carroções cobertos adotados pelos polacos no estado do Paraná.
(A conquista do Brasil, pág. 465, vol. 150)
Fig.: Mercado de escravos na cidade Maurícia.
(Desenho em côres de Zacharias Wagner, 1637. Gabinete de gravura em cobre, Dresden)
(Civilização Holandeza no Brasil, pág. 86, vol. 180)
Fig.: Acampamento garimpeiro próximo a Cuiabá
(Reservas de Brasilidade, pág. 160, vol. 161)
Fig.: O sincretismo religioso gêgê-nagô-bantu-católico
(candomblés da Baía)
(O negro brasileiro, pág. 142, vol. 188)
Fig.: O avião da carreira pousando em Porto Joffre
(Reservas de Brasilidade, pág., 113, vol. 161)
O monitor Parnaíba no Porto de Corumbá
(Reservas de Brasilidade, p. 81, vol. 161)
- PROJETO BRASILIANA ELETRÔNICA DA UFRJ
A apresentação na Internet da íntegra de uma biblioteca como a Coleção Brasiliana constitui um desafio que só uma instituição como a Universidade Federal do Rio de Janeiro poderia vencer. Ao assumir este projeto, a primeira Universidade brasileira, reconhecida pelo elevado padrão de ensino e pesquisa, permite disseminar entre a população um precioso acervo de conhecimentos sobre o Brasil e uma das mais fecundas reflexões sobre a nossa terra e a nossa gente. [...]
No portal Brasiliana Eletrônica, esses livros são oferecidos ao público de dupla forma - como fac-símiles da primeira edição, para serem analisados na feição como vieram à luz, e como textos normalizados e de ortografia atualizada, passíveis de serem editados, selecionados, transcritos e transpostos ("recortados, copiados e colados", no jargão da informática), respeitadas as regras de citação, para estudos, textos, pesquisas e trabalhos escolares e acadêmicos que, felizmente, só fazem crescer no país. [...]
Fonte: Brasiliana Eletrônica
- ANEXO COM DADOS ESTATÍSTICOS: Tabelas e gráficos com autores mais publicados, generos editados e distribuição de Autores/Títulos.
* REFERÊNCIAS
CASCUDO, Luis da Câmara. Conde D'Eu.São Paulo: Ed. Nacional, 1933. 166 p., il., 18 cm. (Biblioteca pedagógica brasileira. Serie 5, Brasiliana; v. 11) . Coleção INEP, Br 981 B823 v. 11
COSTA, Angyone. Introdução à arqueologia brasileira: (etnografia e historia). Prefácio de Dante Costa. 3. ed. rev. São Paulo: Ed. Nacional, 1959. 413 p., il., 19 cm.(Biblioteca pedagógica brasileira. Serie 5, Brasiliana; v. 34). Coleção INEP, Br 981 B823 v. 34 3. ed.
CRULS, Gastão. A Amazonia que eu vi: obidos-Tumucumaque. 2. ed. São Paulo: Ed. Nacional, 1938. 337 p., il., 18 cm. (Biblioteca pedagógica brasileira. Serie 5, Brasiliana; v. 113) . Coleção INEP, Br 981 B823 v. 113
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Visão do paraíso:os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil. 2. ed. rev. e ampli. São Paulo: Ed. Nacional, 1969. 356 p. (Biblioteca pedagogica brasileira. Série 5, Brasiliana; v. 333). Coleção INEP, Br 981 B823 v. 333
NASH, Roy.A Conquista do Brasil. São Paulo: Ed. Nacional, 1939. 501 p. il., 18 cm. (Biblioteca pedagógica brasileira. Serie 5, Brasiliana; v. 198). Coleção INEP, Br 981 B823 v.150
PINTO, Estevão. Os indígenas do nordeste -Ed. il. com 45 desenhos e mapas. - São Paulo: Ed. Nacional, 1938. (Biblioteca pedagógica brasileira. Serie 5, Brasiliana; v. 112) . Coleção INEP, Br 981 B823 v. 112
PRADO, J. F. de Almeida. Primeiros povoadores do Brasil : 1500-1530 : formação histórica da nacionalidade brasileira. São Paulo: Ed. Nacional, 1935. 302 p., il., 19 cm. (Biblioteca pedagógica brasileira. Serie 5, Brasiliana; v. 37) . Coleção INEP, Br 981 B823 v. 37
RODRIGUES, José Honório. Civilização holandesa no Brasil. São Paulo: Ed. Nacional, 1940. xxii, 404 p., il., 19 cm. (Biblioteca pedagógica brasileira. Serie 5, Brasiliana; v. 180). Coleção INEP, Br 981 B823 v. 180
RAMOS, Arthur. O negro brasileiro, 1. volume: ethnographia religiosa . São Paulo: Ed. Nacional, 1940. 373 p., il., 20 cm. (Biblioteca pedagógica brasileira. Série 5, Brasiliana v. 188) Coleção INEP, Br 981 B823 v.188
RUBENS, Carlos. Pequena história das artes plásticas no Brasil. São Paulo: Ed. Nacional, 1941. 388 p. il., 18 cm. (Biblioteca pedagógica brasileira. Serie 5, Brasiliana; v. 198). Coleção INEP, Br 981 B823 v.198
RUBIM,Flavio de Rezende.Reservas de Brasilidade. São Paulo: Ed. Nacional, 1939. 256 p., il., 18 cm. (Bibliotheca pedagogica brasileira. Serie 5, Brasiliana v. 161 ). Coleção INEP, Br 981 B823 v.161
SAINT-HILAIRE, Auguste. Viagem a comarca de Curitiba (1820). Tradução Carlos da Costa Pereira. São Paulo: Ed. Nacional, 1964. 189 p. 18 cm. (Biblioteca pedagógica brasileira. Serie 5, Brasiliana; v. 315) . Coleção INEP, Br 981 B823 v. 315
SIMONSEN, Roberto C. A evolução industrial do Brasil e outros estudos. Seleção, notas e bibliografia de Edgard Carone. São Paulo: Ed. Nacional, 1973. xiii, 479 p., il., 21 cm.(Brasiliana, v. 349). Coleção INEP, Br 981 B823 v. 349
______. Historia economica do Brasil: 1500-1820. São Paulo: Ed. Nacional, 1937. (Biblioteca pedagógica brasileira. Serie 5, Brasiliana; v. 100-A) . Coleção INEP, Br 981 B823 v. 100-A
______. Historia economica do Brasil: 1500-1820. 6. ed. São Paulo: Ed. Nacional, 1969. (Biblioteca pedagógica brasileira. Serie 5, Brasiliana; v. 100-A). Coleção INEP, Br 981 B823 v. 100-A 6. ed.
SÍNTESE dos volumes da coleção“Brasiliana”. São Paulo: Ed. Nacional, [194-?]. Coleção INEP, BR 981 B823
VIANNA, Oliveira. Evolução do povo brasileiro. 3. ed. São Paulo: Ed. Nacional, 1938. 349 p., il., 19 cm. (BIblioteca pedagogica brasileira. Série 5, Brasiliana; v. 10) Coleção INEP, Br 981 B823 v. 10 3. ed.
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